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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

BARRADO, HUMILHADO, IMPEDIDO DE SUBIR NO PALANQUE DE WILSON SANTOS, DANTE TEVE CRISE DE CHORO E SE REFUGIOU NUM BOTECO, ONDE SE EMBRIAGOU PARA ESQUECER A  INGRATIDÃO DO "AMIGO"!  
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O dia em que Dante chorou 

Este artigo foi escrito e publicado em 2010 pelo jornalista Auro Ida,  no site Olhar Direto.  Um ano depois, em 2011, ele foi assassinado a tiros no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá, numa emboscada fatal envolta em mistérios até hoje.

 O ex-deputado federal Lino Rossi (PP) filosofou, anos atrás, numa conversa comigo, sobre caráter. Talvez, nem se lembre mais, mas dizia ele: conheço gente de caráter, de bom caráter e mau caráter. Mas conheço uma pessoa sem caráter, isso mesmo, SEM CARÁTER: o então deputado e hoje candidato do PSDB ao governo do Estado, Wilson Santos. No jargão polí­tico, o galinho seria aquele capaz de "vender" a mãe para chegar ao poder. Esse fato me fez lembrar algumas passagens capaz de ilustrar a afirmação. 

Em 1992, os vereadores do PDT na Câmara Municipal de Cuiabá, formada na época por Roberto Nunes, José Antonio Rosa e Chico Daltro, tiveram trabalho para segurar a vaga de candidato a prefeito da capital para o ex-govenador Dante de Oliveira, que estava viajando. Wilson Santos, na condição de deputado, reivindicava a vaga para si, não importando para o fato de Dante de Oliveira ser a maior liderança do partido no Estado. Não conseguiu o intento e, depois, abandonou o grupo e se filiou ao PMDB, tendo apoiado, em 1998, a candidatura do ex-governador Júlio Campos (DEM) contra Dante de Oliveira, que seria reeleito.  Anos antes, o galinho havia protagonizado um discurso polêmico, comparando a famí­lia Campos a música Mexe Mexe, da dupla Leandro e Leonardo.

 Em 2004, depois do ex-governador ter sofrido um dolorida derrota para o Senado da República em 2002, Dante de Oliveira foi, literalmente, humilhado por Wilson Santos, que havia retornado ao seu grupo polí­tico, se filiando ao PSDB, para disputar a Prefeitura de Cuiabá. Animado com a possibilidade de rebater as crí­ticas que vinha sofrendo do governo Maggi, Dante de Oliveira levou consigo o seu sobrinho Leonardo de Oliveira e sua esposa para testemunhar a sua participação no comício do galinho, realizado na região do CPA. "Ele me dizia que iria estraçalhar o governo Maggi", lembra o seu sobrinho. Ao chegar no local do comí­cio, na escada que dava acesso ao palanque, a surpresa. A promoter Carlina Jacob o parou e aconselhou a não subir. "O pessoal acha bom o senhor não subir, porque será vaiado", avisou a promoter, completando: "É melhor o senhor ficar fora da campanha, porque só vai prejudicar a candidatura de Wilson Santos". 

 Com olhos lacimejados, Dante de Oliveira olhou para o seu sobrinho e recomendou: "arruma uma carona que vou embora agora". Sem dizer mais nada, ele entendeu que não era mais considerado a liderança do grupo. Estadista, com curriculo invejável, aceitou com parcimônia a decisão de seus liderados e foi embora sem reclamar. "Foi a única vez que o vi com lágrimas nos olhos por causa da polí­tica", conta Leonardo. Mais tarde, após o comí­cio, o seu sobrinho foi buscá-lo num barzinho, onde costumava tomar o seus conhaques. Triste, mas resiginado, 

Dante de Oliveira começou a se preparar para dar a volta por cima em 2006, quando uma fatalidade o tirou do conví­vio com o nosso mundo. Reconhecido como o maior polí­tico mato-grossense do final do século XX e de ter arrumado as finanças do Estado e prepará-lo para o futuro após uma administração pifia realizada pelo hoje senador Jaime Campos (DEM). Endeusado, principalmente, na cuiabania, Wilson Santos não pesou duas vezes para "aproveitar" eleitoralmente da morte de Dante de Oliveira, colocando o seu nome na coligação, que o reelegeria em 2008. Rapidamente, esqueceu que, quatro anos antes, ele havia "expulsado" Dante de Oliveira do seu palanque. Esse é caráter do Galinho. (AURO IDA)

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