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terça-feira, 5 de março de 2013

Ou dá ou desce!
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O BOMBÁSTICO DEPOIMENTO DO LOBISTA  ROWLES MALHÃES PEREIRA , AMIGO LEAL E ESTRATEGISTA DO PODEROSO EDER MORAES,  EXECUTIVO MILIONÁRIO QUE  HOJE DÁ AS CARTAS NA SECOPA E SEFAZ FAZENDO O GOVERNO SILVAL BARBOSA DANÇAR AO RÍTIMO DA SUA "LAMBADA PANTANEIRA"
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Lobista mostra em detalhes como funcionam as coisas em Mato Grosso, onde "seríssimos" veículos da imprensa regional montaram equipes especializadas unicamente em levantar podres governamentais (para futuras extorsões), agora servindo de "escola" para correspondentes nacionais!
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Com salário "mixuruca" de R$ 4 mil no gabinete do vice Chico Daltro, pra tudo ficar devidamente esclarecido, só faltou Rowles revelar a verdadeira fonte dos R$ 7 mil mensais repassados durante 9 vezes ao repórter Vinicius Segala, do UOL: SECOM PARALELA com sede na SEFAZ-MT

Como esperado, Vinícius Segalla (FOTO)negou todas as denúncias do lobista




À polícia, Rowles Silva disse que fez repasses de R$ 7 mi durante 9 meses a Vinícius Segalla, que também teria cobrado R$ 500 mil, colocando fim ao "silêncio" após desacerto (Fonte desta matéria: MídiaNews)


O ex-assessor do Governo de Mato Grosso e lobista Rowles Magalhães Pereira Silva afirmou que pagou propina ao repórter Vinícius Segalla, do site UOL, para que este não publicasse notícias negativas em relação ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O lobista disse, também, que foi chantageado pelo jornalista, durante contatos feitos no ano passado.

As declarações de Rowles Silva estão em um depoimento prestado ao delegado Gianmarco Paccola Capoani, da Polícia Civil de Mato Grosso, no dia 24 de agosto de 2012, ao qual o MidiaNews teve acesso com exclusividade, na semana passada.


Ele foi convocado a depor depois que Segalla publicou uma reportagem afirmando que o consórcio vencedor da licitação do VLT já era conhecido um mês antes da data marcada para a divulgação. No texto, publicado em 17 de agosto do ano passado, o jornalista relata que Rowles afirmou que integrantes do governo receberam propina de R$ 80 milhões, dos três consórcios primeiros colocados na concorrência, para viabilizar o negócio.


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O Vinícius resolveu dizer a realidade dos fatos; que, na verdade, recebia mensalmente vantagens econômicas para manipular informações na imprensa no sentido de denegrir o projeto do VLT e apoiar o BRT" Ao delegado, em um depoimento que durou seis horas e meia, em Cuiabá, Rowles disse que ele e Vinícius tiveram o primeiro encontro em São Paulo, no Shopping Jardim Sul, no Blenz Café. Na ocasião, eles teriam trocado e-mails e Rowles falou sobre as vantagens do VLT.

Vinte dias depois, houve, segundo Rowles, um novo encontro, também em São Paulo, em um café da Copenhagen.
“Depois de alguns questionamentos, o Vinícius resolveu dizer a realidade dos fatos; que, na verdade, ele recebia mensalmente vantagens econômicas para manipular informações na imprensa no sentido de denegrir o projeto do VLT e apoiar o BRT”, disse o lobista.

Segundo ele, na ocasião, Vinícius disse, sem revelar nomes, que quem estava por trás dessas ações era um “empresário de Cuiabá”.
Rowles afirmou, então, que tinha interesses comerciais em uma Parceria Público-Privada (PPP), e que o VLT era a melhor opção para Mato Grosso.

“Então, o Vinícius solicitou algumas vantagens mensais e eu disse que pagaria R$ 7 mil por mês a ele, que ficou com o único compromisso de não publicar notícias negativas no UOL em desfavor do VLT”, disse.


O lobista afirmou que fez "oito ou nove" pagamentos ao jornalista.
“Após um mês, nos encontramos novamente no Jardim Sul e repassei os R$ 7 mil a ele. Isso aconteceu por oito ou noves vezes, durante os meses seguintes, sendo que um pagamento foi feito, em dinheiro, por Simoni, mãe da minha filha, pois eu estava viajando e o Vinícius estava insistindo pelo repasse. Outro pagamento foi feito por meu irmão”, disse Rowles, no depoimento.

O lobista afirmou que, ao longo do período, se encontrou com o repórter em vários locais, como bares, shoppings e restaurantes
– fato que os aproximou.

"Após um mês, nos encontramos novamente no Jardim Sul e repassei os R$ 7 mil a ele. Isso aconteceu por oito ou noves vezes durante os meses seguintes


Entre o final de 2011 e início de 2012, Rowles disse que soube que o VLT não seria feito por meio de uma PPP
, mas sim por Regime Diferenciado de Contratação (RDC). E, por isso, afirmou ao jornalista que não lhe pagaria mais os R$ 7mil mensais. “Ele ficou puto, magoado”, disse, no depoimento ao delegado.

Depois de alguns dias, em março de 2012, um “último bate papo” foi marcado, segundo Rowles, em um bar na Avenida Sumaré, em São Paulo.


Segundo Rowles, passado algum tempo, num domingo, por volta das 13 horas, ele recebeu uma ligação de um número desconhecido. Ao atender, era Vinícius, que lhe perguntou se 'fazia tempo que não abria o e-mail criado para se comunicarem'.


“Eu disse que não abri mais o e-mail e ele pediu que eu olhasse o mesmo, e depois ligasse. Eu abri o e-mail e vi a mensagem:
‘Descobri que você foi nomeado assessor especial da vice-governadoria. Nossas conversas foram gravadas, vá a um orelhão e me ligue’. Eu fiquei puto e fui até um telefone público, na Avenida Isaac Póvoas. Ele atendeu e disse que a gente precisava conversar. Eu falei: ‘Vai a puta que o pariu e faça o que quiser, não tem papo. E desliguei o telefone”, relatou o lobista.

R$ 500 mil


Rowles disse que depois, de cabeça fria, voltou a ligar para Vinícius, de um outro “orelhão”, na Rua 24 de Outubro. “Eu falei que aquilo não era justo, pois não havia lhe concedido nenhuma entrevista e que a conversa foi informal, em bate papo de bar, tomando bebida alcoólica, e que não havia nada de ilegal em que eu fiz e presenciei.
Ele falou que não queria saber, e que eu teria prazo até segunda-feira porque, na terça-feira, ele faria a publicação da matéria e iria ‘me fuder’”, afirmou.


Depois da ligação, o lobista disse que procurou um amigo, chamado Marcos, para se aconselhar sobre o que fazer.
“Ele me orientou a ligar novamente para Vinícius a fim de saber o que ele queria. Eu liguei de um orelhão, no bairro Coxipó, e ele me disse que queria R$ 500 mil, até segunda-feira, para não publicar a matéria, que seria publicada na terça. Eu falei que seria impossível arrumar esse dinheiro, e pedi a ele que aguardasse uma semana. Ele concordou”, disse.

Segundo o lobista, na terça-feira, de fato, nada fora publicado. “Mas eu recebi uma ligação, na minha empresa, do Vinícius falando:
‘E aí, vai ter ou não vai ter? Você vem ou não vem?’. Eu disse que estaria em São Paulo na sexta-feira, mas acabei não indo e, nesse período, houve várias ligações ameaçadoras dele”, disse.

Rowles disse que algum tempo depois, já como assessor do governo, durante uma viagem a Londres, para tratar da renegociação da dívida do Estado, viu uma notícia publicada no blog Prosa e Política, de Adriana Vandoni, em que era “francamente atacado”.


“Nesse mesmo dia eu recebi várias ligações de Vinícius, sempre dizendo:
‘Eu não falei que ia te foder, você já viu a Adriana Vandoni hoje?’. Eu disse que não tinha visto, e ele me disse que era para eu ver e escolher no sentido de ceder ao seu pedido de R$ 500 mil”, disse Rowles, no depoimento.

Segundo ele,
quando retornou a Cuiabá, recebeu nova ligação de Vinícius, dizendo que também estava na cidade, e queria conversar pessoalmente. O encontro teria acontecido no Franz Café, na Praça Popular. Rowles disse que levou um amigo, chamado Geraldo, para testemunhar a conversa.

“O Vinícius exigia os R$ 500 mil e eu não cedi. Neste momento, tocou o telefone do Vinícius e ele disse:
‘Estou aqui com a pessoa e amanhã está de pé a nossa viagem a Cáceres’. Depois que ele desligou o telefone, ele disse que era Aldo Locatelli, e que no dia seguinte iriam à Cáceres atrás de um processo que envolvia Eder Moraes”, disse.

Ele relatou que, durante o encontro, recebeu uma ligação, de um amigo, alertando que ele estava sendo “detonado” no blog da Adriana Vandoni. “Eu acessei o blog do celular.
A matéria me denegria, falando de doações do projeto do VLT, da viagem que fiz a Londres para tratar da dívida externa do Estado. Eu mostrei a matéria para o Vinícius e ele, ao ver a postagem, deu risada, dizendo que a Adriana era sua parceira”, afirmou.

"Ele disse: ‘
Você é quem sabe, já abaixamos o valor... Ou nós queremos algum documento, ou informação, contra Eder Moraes, pois se ele obtivesse esse documento, acertaria o valor diretamente com Aldo Localtelli"

Na mesma conversa, segundo Rowles, Vinícius teria dito que aceitava abaixar o valor para R$ 200 mil. “Ele disse: ‘Você é quem sabe, já abaixamos o valor... Ou nós queremos algum documento, ou informação, contra Eder Moraes, pois se ele obtivesse esse documento, acertaria o valor diretamente com Aldo Localtelli, e eu não precisaria pagar mais nada, e teria meu nome preservado'”, afirmou.


Segundo o lobista, após o encontro no Franz Café, o jornalista o teria procurado, por várias vezes, nos dias seguintes. Ao delegado, Rowles disse que não o atendeu. Dias depois, porém, ele disse que recebeu uma ligação de Vinícius, e foi ao seu encontro no Hotel Mangabeiras, na Avenida da FEB, em Várzea Grande, acompanhado de Geraldo.


Ele me disse que conversou com Maurício Guimarães (presidente da Secopa), que falou mal de mim e queria me envolver em ‘rolos’. Eu falei que estava cansado desta história e ia procurar o Fantástico, a Folha de S.Paulo, e provoquei o Vinícius a publicar as gravações na íntegra”, disse.

Segundo ele, após esse dia ambos não se encontraram mais, embora o jornalista “tenha me enviado vários e-mails na tentativa de outro contato, inclusive dizendo: ‘Não vai me atender, então boa sorte”.


De acordo com Rowles,
depois de duas semanas, o UOL publicou a reportagem envolvendo seu nome, “insinuando o recebimento de propinas”, o que motivou o seu afastamento imediato do cargo de assessor especial do governo.

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